Melhor projeto de pesquisa da UERN!
No final de 2020, eu tive a ideia de fazer um projeto de pesquisa sobre câncer de pênis e falei com Thales e com Ellany sobre isso, mas eles já tinham projetos de pesquisa para 2021, então o meu não foi pra frente.
No meio de 2021, Ellany falou comigo para escrever esse trabalho como PIBIC para o edital da Liga de Mossoró, mas eu já tinha entrado em outro projeto de pesquisa com Thales, sobre educação médica, e o projeto sobre câncer de pênis foi adiado mais uma vez.
Enquanto fazia o PIBIC com Thales, escrevi o projeto sobre câncer de pênis para ser submetido no edital de 2022, quando ele foi aprovado e quando eu comecei a executar ele de fato.
Durante 2022 e 2023, minha cabeça fedia de tanto pensar em alguns momentos. Inicialmente, os dados brutos do DataSUS ocupavam umas 30 planilhas diferentes. Além disso, existia mais uma planilha com mais de 1.300 pacientes atendidos na Liga. Agora, no fim do projeto, eu não consigo pensar e nem precisar a quantidade de dados que eu tive que analisar descritiva e estatisticamente.
Porém, essa perturbação não foi só minha, porque eu tive a sorte gigantesca de ter José como orientador também. Foi tanta perturbação minha com esse coitado que acho que a cabeça dele também fedia.
Quatro anos depois da minha ideia inicial, ganho o primeiro lugar no Troféu Luiz di Souza na categoria de ciências da vida. Um reconhecimento por tanto trabalho em tanto tempo.
Mas por que câncer de pênis? Porque essa é uma doença de pessoas pobres. O câncer de pênis atinge, principalmente, pessoas com pouca educação, pouco acesso à saúde e pouco dinheiro. E nós precisamos levar a luz da ciência justamente para quem mais precisa dela.
A ciência necessita, também, e muito urgentemente, ser pobre.
Esse prêmio é meu, é de José, é de Ellany, é de Thales e é do BioMol. Obrigado, pai. Adeus, mãe. E a todas as crianças do mundo, parabéns.